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Pela segunda vez neste ano, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebeu denúncia de racismo dentro do campus de Santa Maria. Depois que um homem foi denunciado por dois estudantes por ter xingado os alunos enquanto eles iam até uma agência bancária no campus de Camobi, há duas semanas, nesta sexta-feira, um banheiro do Colégio Politécnico foi alvo de uma pichação com frases de cunho racista na parte interior da tampa de um vaso sanitário. Além da frase "esses pretos fedidos vão morrer", uma suástica foi desenhada e o número de um dos candidatos à Presidência.
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De acordo com a assessoria de comunicação do gabinete do reitor, alguns alunos procuraram a universidade depois que depararam com a cena, nesta sexta. A UFSM acionou a Polícia Federal, que foi até o campus para coletar provas e analisar a situação. A assessoria do gabinete informou que existem câmeras de monitoramento no corredor que dá acesso aos sanitários e que as imagens serão encaminhadas para a PF.
A PF vai investigar o caso para identificar o autor das escritas.
O Diário tentou contato com a direção do Colégio Politécnico, mas não obteve retorno.
OUTRAS DENÚNCIAS
Este já é o quinto caso de racismo registrado no período de um ano na maior instituição federal de Ensino Superior do interior do Estado. Há duas semanas, dois estudantes registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil alegando terem sido xingados por um homem que recolhia o lixo, em frente a uma agência bancária, dentro do campus da UFSM. Segundo o registro, os alunos foram xingados pelo homem quando entraram na agência.
Em 2017, foram três casos registrados no campus de Santa Maria. O primeiro aconteceu em 17 agosto de 2017, quando uma suástica foi desenhada em uma das paredes do Diretório Livre do Direito (DLD) e virou alvo de inquérito policial. Um mês depois, em setembro, a sala do DLD foi alvo de nova pichação de cunho racista. Na parede da sala, que fica no prédio da antiga reitoria, na Rua Floriano Peixoto, no Centro, uma frase agride diretamente alunos do curso. Em 21 de novembro do mesmo ano, o alvo foi o Diretório Acadêmico das Ciências Sociais. Os três casos registrados no ano passado são investigados pela Polícia Federal.